quarta-feira, junho 16, 2010

Baile na Aldeia 2

Primeiro duas, depois três e quatro e cinco, as raparigas corriam as ruas da Aldeia, de braço dado, desafiando-se para “Vem connosco até à Fonte”. Roupas catitas, limpas e garridas, cheirando a sabão e a lavado na água da Ribeira, meias bordadas à mão, moldando pernas bem feitas, lenços floridos atados atrás das nucas onde se adivinhavam tranças bem penteadas e apanhadas com ganchos, soltavam exclamações e risadas, num vozear alegre e feliz que enchia as nossas ruas, como o fumo tomara conta delas nas longas e frias noites de Inverno. Mas agora ali estava a Primavera, em todo o seu esplendor. Lindas. Às dúzias! Nem as casadas escapavam a esta euforia que havia de durar a tarde inteira, lá na estrada alcatroada. "Tenho de acadajar o Garoto!" - lamuriava-se uma jovem mãe, o corpo a pedir festa. "A Avó toma conta dele!"...
Na verdade, do Bairro da Mocidade, do Cimo da Aldeia, de S. Miguel, do Ferrador, do Centro … elas e eles iam chegando. A primeira roda formava-se quase a medo, só raparigas. De mãos dada lá começava uma a dar o tom e o mote:
- Raparigas cantai todas,
Rapazes cantai com elas;
Que não haja um dizer
Nem nos rapazes nem nelas.
Os rapazes, sempre mais acanhados e “brutos, iam-se entusiasmando. Batiam nas mão delas para que abrissem a roda e “deixa-me entrar”. E outro. E outro. Depois … ainda não havia casamentos “homossensuais”. Mesmo que fosse preciso dançar em pares de duas... tudo era consentido. Sem meias nem dúbias intenções nem comentários descabidos, numa sociedade que vivia quase em estado de Inocência. Pares de dois é que não. Aqui o preconceito era bem forte. Ou apenas a tradição.
Formavam-se pares de mais ou menos “interessados”, uns com vista “ao futuro”, a maior parte para aquele momento. O presente. O canto, afinado desde o nascimento de cada um pelos acordes da Banda, era ali posto à prova. E que boas provas dava. Batiam-se palmas, estalavam-se os dedos, agitavam-se e davam-se braços, passava-se de mão em mão, ou de par em par, num rodopio estonteante de corpos viçosos, cheios de vida.
- Castelo Branco é vila,
Penamacor é cidade,
Aldeia barquinho d’ouro,
Onde embarca a mocidade.
Ou
- Lá vem aurora, lá vem, lá vem….
De madrugada, que graça tem;
Lá vem aurora, lá vem lá vinha,
De madrugada que graça tinha.
Ainda aquela roda não aquecera e já, ao lado, outra se formara. Que não queria ficar atrás. E trouxera “artilharia”. Dois adufes tocados por mãos ligeiras e que punham o grupo num vendaval de movimento, cor e som. Aquele dançar “a direitos” ao som ritmado de um tam-tam, que só voltei a ouvir em África, punha os corpos suados e excitados, balançando para cá e para lá,
- Aldeia de João Pires,
Ai! Ricotão, ricotão… tão ...tão…
Lindo cantinho da Beira
Ó ai! Ó ai! Ai! Ricotão.. tão… tão … ó ai ricotão!
De entre as terras do Concelho
Ai! Ricotão, ricotão… tão ..tão
É de todas a primeira.
Ó ai! Ó ai! Ai! Ricotão.. tão… tão … ó ai ricotão!
Ou ainda outra:
- Pum-pum ao redol,
meu bem como o sol…
Canta o pintassilgo,
mais o rouxinol.

Aquela quadra, das mais ouvidas, servia de refrão a um grande número das cantigas de roda…
- Aldeia de João Pires,
Lindo cantinho da Beira,
De entre as terras do Concelho,
É de todas a primeira.

Quando chegava o Tó do Realejo, uma nova roda se punha a girar. Das de “agarrar”. Como a “malta” preferia. Avós e mães à espreita. Quando não os pais. Aos “avanços” de algum mais “atrevido” lá se fincava o cotovelo direito da rapariga no peito do moço, que ela não “era de brincadeiras”. “Divertir sim, gozar não”. Depois era como se fosse o último baile da vida daquela gente que sentia que o corpo não era para descansar. E nem só de sacho e enxada, de charrua ou de arado se vivia na Aldeia.
E se viesse o Zé do Pífaro haveria ainda uma nova roda. Um novo baile, por onde homens e mulheres, casados e solteiros, rapazes e raparigas, garotos (que, sempre travessos, preferiam dar uma palmada ou um beliscão…) e garotas entravam, num corrupio de cantares e dançares, a fazer esquecer as agruras de uma semana que tão próxima ainda estava e de outra que já tão depressa se achegava.
- Alecrim, alecrim aos molhos….
Por causa de ti choram os meus olhos…
Ai meu amor quem te disse a ti
Que a flor do campo era o alecrim.

Lá muito de longe em longe passava um automóvel e o(s) baile(s) não parava(m). A música continuava, arredavam-se os dançarinos para a berma da estrada, os passantes arregalavam os olhos de espanto e… sorriam. Quem sabe se com vontade de também entrar na roda.
Ainda outra:
- Onde vai com seu sapatinho, olaré!
Onde vai com seu lindo pé!
Mata aranha, serranita,
Mata aranha, se tu és bonita!
Mata aranha, olaré,
Mata aranha com seu lindo pé!!!

- Ó Tio Fernando, cheguei a contar quatro bailes naquele espaço de quase 200 metros de alcatrão…
- Olha, sobrinho, e eu cheguei a ver e a dançar, ali, NUM só baile, a ocupar todo aquele espaço, embora nem todos cantassem e dançassem a mesma música… - respondeu-me o meu Tio, já este ano, nos seus 85 anos, uma das memórias vivas da nossa Terra, com um sorriso de saudade. E se ele tinha pé para a festa!
- Olha a triste viuvinha
Que anda na roda a chorar!
É bem feita, é bem feita,
Não acha com quem casar .

ou
- Viva o nosso ranchinho,
Viva e torna a viver,
Um ranchinho com’ó nosso,
Não o há nem pode haver.

E mais:
Eu pensava que a margaça.
Era nome de mulher;
A margaça é má erva,
Nem os animais a quer(em)

Ainda:
Maria da Conceição,
Ó que palavra tão doce,
Dava-te o meu coração,
Se o teu ao meu fiel fosse.

Muitos destes cantares acompanhavam os trabalhos do campo e tinham épocas próprias, coreografias adaptadas, sem grandes diferenças de localidade para localidade. Os mesmos cantares, adequadas as danças, ouviam-se pelas aldeias, em redor.
- O senhor do meio julga que é alguém…
É um macaquinho que nem barba tem…
- Valverde, Valverde, Valverde ladrão,
Rouba agora a moça que é a ocasião.
- Já cá vai roubada, já cá vai na mão,
Já cá vai metida em meu coração…
A camioneta da carreira, que marcava o aproximar das sete e meia, nem sempre dava sinal de que a festa ia acabar. No entanto, cada um dos membros desta fantástica comunidade sabia que o “vimos da festa” se aproximava, a passos largos. Melhor era voltar para casa. As “Avé-Marias” haviam tocado – um “invejoso” que não sabia dançar até o fizera “mais cedo” – o baile parara para todos rezarem, uns de verdade, outros nem por isso – e dali p’ra frente já não seria a mesma coisa. Até porque “os amigos do copo”, para quem a “festa” fora outra, nas tabernas ali à volta, começavam a dar “sinais” de si, geralmente de “má catadura” ou "com mau vinho", e melhor era ir cada um à sua vida. Coitadas das mulheres e dos filhos que haviam de os aturar.
Quanto sofrimento o “maldito vinho” causou, entre nós… Pois, nem sempre os filmes acabam bem para todos.
Cantigas e saudades? Muitas... Impossível deixá-las aqui todas.
Então… e o instrumento dos instrumentos de baile, a concertina não havia?
Ah! Era preciso pagar e não podia ser todas as semanas. E então a nossa Banda não punha o Povo a dançar? Oh! Se punha!!!
Veremos em episódios a seguir…
2 fotos por especial deferência de João Paulo Fidalgo.

Baile na Aldeia 1

Aquele mês de Maio de meados da década de 50 do século XX estava a ser igual a tantos outros. Tudo o que era campo havia sido cultivado ou, em período de pousio, ocupado por rebanhos e rebanhos de ovelhas e cabras, em demanda da pouca pastagem que ainda por lá havia.
A Escola, com duas enormes salas, era insuficiente para acolher todas as Crianças da terra, que apenas poderiam começar a frequentá-la com sete anos completos no dia em que as aulas reabriam, a 7 de Outubro. Dois professores para cerca de uma centena de alunos nem era tarefa que se desejasse. Um bom número acabava por desistir e a percentagem de “chumbos” andava acima dos 30%. Não era raro ver, na Vila, rapazotes "a mudar a voz" e a fazer exame da 4ª. Classe, a caminho dos … 14 anos.
Nos campos não faltava que fazer, muito poucos trabalhando o seu próprio bocado, grande parte vivendo dos arrendamentos, e os restantes como jornaleiros das casas maiores ou dos rendeiros, numa exploração, até hoje não interrompida, do homem pelo homem.
As searas haviam deixado de “correr” pelos campos, no mês de Abril, empurradas pelos ventos suaves assemelhando-se a um mar verde a querer fugir para o terreno do vizinho e começavam a tomar o aspecto dourado, a indicar que o mês do S. João chegaria breve. Aqui e além, nos poucos trigais que se semeavam na nossa terra, um pouco mais atrasados que os centeios, as mondadeiras haviam-se esforçado por arrancar as ervas ruins, tentando que a colheita valesse a pena, enquanto entoaram os seus cantos tristes e dolentes. Agora, os milhos, semeados nos fins de Março e primeiros dias de Abril, verdejavam os campos, os mais atrasados numa primeira volta para a sacha e os mais adiantados já em fase de “aterrar” para que as raízes adventícias encontrassem o alimento que podiam dar algum sentido aquele trabalho, feito de “terças”, num esforço quase sempre ingrato e de retorno mais que incerto. Mesmo assim, aqui e ali se ia ouvindo, arrancado lá bem do fundo da alma, para que tão penoso trabalho menos penoso se tornasse, o canto de quem daquele penoso viver se não podia libertar:
- Mondadeiras do meu milho,
Mondai o meu milho bem.
Não olheis para o caminho,
Que a merenda já lá vem.
Aqui e além, nos sítios mais frescos e húmidos, pois rega não haveria, os ganhões e as suas juntas de vacas, sob a canga e puxando a charrua e a grade, iam semeando aqueles terrenos com alguma garantia de que o feijão pequeno mataria muita fome, no duro Inverno, que haveria de chegar, andasse por onde andasse. Ao longo da Ribeira e em volta dos poços que a ladeavam, pois o “sangue” daquelas terras passava muito por ali, apareciam as hortas a merecer todo o cuidado para que as alfaces, o feijão catarino e o feijão manteiga, os tomateiros, os pimenteiros, os alhos, as cebolas, as melancias, os melões e as abóboras pudessem compensar, de algum modo, o esforço que de todos era exigido. De todos mesmo, velhos e novos, homens e mulheres, quase desde o nascer ao pôr-do-sol, de segunda a sábado, com a reconfortante sesta, na hora do maior calor, ali à sombra de uma oliveira ou de um sobreiro. Quase sempre... no chão.
As hortas eram regadas de manhã ou à tardinha, os feijoeiros e tomateiros encanados, a água tirada “à burra”, raro sendo ouvir-se uma nora no seu t'lem-t'lem, puxada por mansa jumenta, a percorrer quilómetros e quilómetros, de olhos tapados com um velho casaco, ao engano, sem sair do mesmo sítio.
Os batatais ocupavam uma parte significativa do terreno de regadio. Leiras e leirões. De vez em quando, o “mal-murcho”, hoje o bem conhecido míldio, fazia das suas e lá se podia “ir ao ar” o esforço de uma época, começando-se a ter o saber de que o cobre e a cal podiam alcançar efeitos benéficos na “cura” de tão nefasto azar. Também nas belas e viçosas vinhas, que alegravam os nossos campos, à volta das quais apareciam, na época, frondosos castanheiros. Pela primeira vez, com importação da batata de semente lá das Américas, se viram batatais destruídos pelo "escaravelho da batata" a que se acudiu com o famigerado DDT, o primeiro grande atentado ecológico a vitimar os nossos campos e as nossas culturas.
O Sol escorria para detrás da Serra para as Águas, quando uma parte da população regressava ao Povoado para uma ceia frugal e um descanso merecido e necessário. Havia quem ficasse a dormir lá pelos campos, em choças e cabanas, condições bem precárias, para um melhor aproveitamento do tempo, podendo até trabalhar-se à luz da… Lua ou logo de manhã, bem cedo, pela fresca. Mas, na Aldeia, os homens, acomodados os animais, passavam pelas tabernas e os rapazes aproveitavam para umas voltas pelas ruas, provocando aqui e ali o sossego dos mais pacatos, nada que não estivesse bem dentro dos limites de um respeito que não tinha discussão: o direito de cada um descansar, em paz. As mulheres, as crianças e as jovens não tinham grande hipótese de andar fora de casa, a não ser até ao lusco-fusco para irem buscar água à fonte, passarem pela casa dos avós, ou fazerem uma compra tardia, numa das "lojas", às escondidas da Guarda.
Durante a tarde de cada dia, quase todas as Crianças, ao saírem
da Escola, se haviam dirigido aos locais de trabalho dos pais para ajudarem na guarda dos animais que pastavam, encaminharem a água nas regas, entreterem os mais pequeninos… ou nem que fosse para estarem “debaixo de olho”. Não era tempo para facilidades. Não havia drogados e os fumadores eram poucos. Quase nunca jovens. Gentes desta Aldeia na cadeia seria uma raridade e a Autoridade dos pais era aceite, quase sem discussão, para bem de miúdos e graúdos.
De segunda a sábado o tempo sucedia-se monótono, sempre igual, apenas aliviado na esperança do desejado domingo, bem diferente, o sétimo dia, aquele em que até Deus precisara de descansar.
À “última” para a Missa dominical, pelas 10 horas, como que regatos de água a confluírem para o lago, a população da Aldeia encaminhava-se para o adro da igreja, mulheres com blusa e saia de “ver a Deus”, lenço na cabeça e xaile pelos ombros e homens, barba feita, camisa e calças lavadas, casaco e chapéu, mesmo que o calor já se fizesse anunciar... A celebração não tinha aquele rigoroso cumprimento de horário dos nossos dias e começaria quando o velho padre José Maria chegasse. Vindo de Aldeia do Bispo, no seu manso e também velho cavalo.
À volta do templo, formavam-se grupos discutindo …. gados, sementeiras, hortas, pastos, searas, ajustavam-se negócios, combinavam-se trabalhos. Muitas das actividades eram feitas em acordos de “toma lá dá cá” ou “eu vou p’ra ti e tu vais p’ra mim”. A “moeda” que mais circulava era a força daqueles corpos secos e musculados, mãos calejadas, sempre prontas para mais um esforço.
Quando o sacerdote se preparava para subir ao altar, o sacristão dava um último toque de campainha para que os homens entrassem, uma vez que as mulheres já se haviam acomodado o melhor possível, apertadas e sentadas no chão, desfiando as contas do rosário. A celebração, em Latim, padre de costas para o Povo, que enchia o então pequeno templo, dava azo a que mais rosários fossem desfiados e a que os homens, lá no coro alto, fossem "passando pelas brasas" e só a homilia, o “sermão”, era ouvido e entendido com o agrado de alguns e o desagrado de muitos, pois “o padre está sempre a meter o nariz onde não é chamado…”
O jantar de pobres, pelo meio-dia, não era tão pobre como no resto da semana. A Família juntava-se à volta da mesa, se fosse caso de a haver disponível, normalmente na cozinha, acontecendo, nalguns lares, comerem todos da mesma vasilha, que podia ser um grande alguidar de barro. E era dia do feijão grande, do grão, uma talhada de farinheira ou de chouriça, um bocado de toucinho. Às vezes só um sabor a cebola sobre a pratada de feijão pequeno, azeite a fugir e umas azeitonas. Ou nem isso. Dizer “não gosto”, “não quero” ou “não me apetece” causaria tanta admiração como ouvir-se, hoje, “não gosto de gelado”, “não brinco com a consola” ou "não quero o telemóvel". À uma hora, a refeição estava despachada, muito mais vezes por defeito do que por virtude.
Fotos in Infiernitum.com e em http://www.geocaching.com/, by Diogo112, com especial pedido de deferência.
 

terça-feira, junho 01, 2010

Saldanha Sanches, um Homem, ou o Amor vence a Morte!

Despedida eterna
Zé Luís:
Começámos esta tua última viagem (tu gostavas de viagens) na cama 56 dos serviços de cirurgia 1 do Hospital de Santa Maria.
Lia-te poesia e um dia parámos neste poema da Sophia de Mello Breyner:
”Apesar das ruínas e da morte,
Onde sempre acabou cada ilusão,
A Força dos teus sonhos é tão forte,
Que tudo renasce a exaltação
E nunca as minhas mãos ficam vazias”.
Assim foi.
No teu visionário e intenso mundo, a voracidade de um cancro traiçoeiro não te consumiu a alegria, a coragem, a liberdade.Entraste pela morte dentro de olhos abertos. O mundo que habitavas era rico de ideias, de sonhos, de projectos, de honradez e carinho.Percebemos o que ia acontecer quando no fundo do teu olhar sorridente brilhava uma estrela de tristeza. Quando te deixava ao fim do dia na cama 56 e te trazia no coração enquanto descia a Alameda da Cidade Universitária a respirar o teu ar da Universidade, das aulas e dos alunos que adoravas, do futuro em que acreditavas sempre.Foste intolerável com a corrupção, com os cobardes e oportunistas. Não suportavas facilidades. Resististe à sordidez, à subserviência, à canalhice disfarçada de respeitabilidade e morreste como sempre viveste - livre.Uma palavra para aqueles que te acompanharam nesta última viagem: para os melhores médicos do mundo, para as melhores equipas de enfermagem e de apoio, num exemplo de inexcedível dedicação ao serviço médico público. Vivi com emoção diária o carinho com que te cuidaram.Uma palavra de gratidão sentida para o Professor Luis Costa e Paulo Costa. E para um velho amigo de sempre o Miguel. Também para Laura e para o Jorge e para a minha mãe e toda a família que nunca te deixou.Por fim uma palavra para aqueles amigos que inventaram uma barricada contra a morte no serviço de cirurgia 1, cama 56, e te ajudaram a escrever, a pensar, a continuar a trabalhar: o João Gama, o João Pereira e senhor Albuquerque, cada um à sua maneira.Suspiraste nos meus braços pela última vez cerca da 1,15 da madrugada do dia 14 de Maio.Vai faltar-me a tua mão a agarrar na minha enquanto passeávamos e conversávamos.Provavelmente uma saudade ridícula, perante a força do exemplo e da obra que nos deixaste e me foi trazido por todos aqueles que te homenagearam – a quem deixo a tua eterna gratidão.Tenham a coragem de continuar.
[16.05.2010 - Maria José Morgado]
A um Homem que muito admiro, pois da "lei da morte" se libertou!