terça-feira, maio 25, 2010

Ir e voltar...

A viagem decorrera com tranquilidade, céu limpo, muito azul, lá em cima, as nuvens abaixo de nós deixando aqui e além ver pedaços dessa Europa mergulhada em crise. À aproximação do nosso destino, parecia que um mar de algodão em rama tomara conta do espaço, causando alguma tensão o penetrar da enorme aeronave naquela espuma que nos “cega” e deixa atarantados. Depois, furado o “tecto”, já o Reno nos mostra os seus meandros, misturando-se, nas suas margens, o casario bem ordenado, os campos bem tratados e o verde a cobrir quase toda a terra. Uma paisagem deslumbrante, à volta da deslumbrante cidade de Colónia.
Sabíamos que estariam lá os três,
filhos e neto, na saída, à nossa espera. Se a recepção dos mais velhos não traria novidade, generosa e pronta, o encontro com o pequeno Tomás deixava-nos alguma apreensão. Afinal, o mês de Agosto já passara. Há muito. E, esta idade, nove meses são "muita fruta".
Mas, pronto, estava jogada a sorte. Não apenas sorte, pois os contactos, via internet, haviam de dar uma ajuda. Afinal, não éramos tão desconhecidos assim, o Skype vai tornando as distância menores.
Escarrapachado no pescoço do Pai, o nosso Neto destacava-se naquele mar de gente, tão habitual nas salas de espera dos grandes aeroportos. Vimo-lo, mal entrámos no corredor de saída. Agitação dos adultos, de ambos os lados. E ele a olhar-nos, a estudar-nos, a fixar-nos. Depois… foi o milagre que só o Amor pode fazer: abraços, beijos, pegar ao colo, exclamações de alegria, como se naquela sala não houvesse mais ninguém.
Foram perto de 40 kms até ao destino, a casa dos nossos filhos. A chegada deu-se sem sobressaltos, mais campos verdes, searas a perder de vista, no meio de outras culturas. Estes Alemães não brincam em serviço. Trabalham mesmo. Assim, ver aqueles terrenos tão férteis e tão bem tratados encheram a minha alma de nostalgia. Esta veia de camponês durará enquanto tiver entendimento.
Não conhecíamos esta casa, um salto em frente dos nossos Filhos, para a grande aventura de terem casa própria. Deu para perceber, logo nas primeiras horas,
que a decisão fora bem meditada e a escolha acertada. Nos dias seguintes, com o jardim virado a Sul e com tudo o que fomos observando, quase desejámos morar também ali. Numa Aldeia alemã, tão diferente e tão parecida com as nossas aldeias. Diferente porque cheia de vida, as casas habitadas, muitas Crianças, gente que mexe e que vive, ruas planas e limpas, viaturas arrumadas, casas ajardinadas, não há campos ao abandono. Parecidas porque as pessoas são corteses, há boas relações de vizinhança, o sossego é total, sente-se a "proximidade" e até na torre da igreja os sinos vão anunciando as horas e as meias-horas e convidando à oração e à meditação, de manhã, ao meio-dia e à tarde. Fiquei impressionado com esta constatação, bem no coração da rica e laboriosa Alemanha.
O que pareceria ser uma semana normal, acabou por não acontecer. Cada dia passava mais depressa que o anterior, o envolvimento com o nosso Tomás era cada vez mais profundo e conhecê-lo, melhor, voltar a conhecê-lo foi uma experiência sempre maravilhosa, sempre renovada. Apesar de haver mais cinco Netos, cada um deles é diferente e tem espaço próprio no coração dos Avós. Nenhum substitui os outros.
Para além das refeições, a convivência era quase constante, com intervalos para dormir. Passear por estradas magníficas, visitar jardins tão bem tratados, rever as enormes searas de cevada, ajudar um pouco na reinstalação na nova moradia. E cantar ao Tomás, brincar com o Tomás, ouvir as gargalhadas do Tomás. Sempre meigo. Bem disposto. Amigo.
Os dias começaram a ficar cada vez mais curtos e a hora da despedida galopava ao nosso encontro.
Voltar ao aeroporto foi mais dever que prazer. A própria Criança sentiu isso, no abraço final, quando se “agarrou” aos Avós. Não sabemos porquê, mas ele “percebeu” que aquele adeus era diferente… Quem nunca teve de se despedir daqueles a quem quer Bem?
Todos gostamos de voltar a “nossa casa”.
A pequenina Leonor, que o Tomás ainda não conhece, estava a esperar os Avós. A sorte de ter muitos netos! Também ela não queria acreditar que os voltava a ver e passava-nos as mãozinhas pela cara para ter a certeza de que não era ilusão.
Um dia, o Tomás e a Leonor vão brincar juntos. Sob o nosso olhar! Terei de pôr-me de joelhos e exclamar:
- Obrigado, Senhor!


segunda-feira, maio 17, 2010

A merenda - 2

Todo o rebanho se encontrava à sombra das oliveiras, as cabras deitadas na terra nua e as ovelhas, de pé, focinho rente ao chão. O sol brilhante enchia o espaço e o calor abrasava. O ar “tremia” em "deslocações" contínuas. Um coelho, passou, lesto, a caminho da represa para se dessedentar. Lá bem no alto, como que a flutuar, um casal de cotovias tentava fugir do calor que a terra reflectia. Abrigado, com o bando, ali ao lado, numa moita de giestas, um perdigão dava sinais de si com o seu cantar tão conhecido das pessoas de campo. A cigarra não largava a sua cantiga, parecendo bem satisfeita com o Verão que culminava. Aqui e além, um ou outro piar das aves que se abrigavam nas sombras das figueiras e nos silvados. Nada que se comparasse com a festa da manhã…
Os garotos não deram grande importância à bolsa vazia e à merenda comida. Como o Pai lhes recomendara, a sua sombra estava bem pequena e devia ser meio-dia, pelo que o fim da tarde havia de chegar bem depressa. Então não ouviam a Avó Emília dizer-lhe que “quem não come por ter comido não tem mal de perigo”?!
Ora brincando, ora sentados nas pedras que os pastores usavam para descansar, mais inquietos que sossegados, idades próximas, raramente estavam separados e o entendimento era quase perfeito. Haviam bebido água nas fontes por onde foram passando e ali mesmo a 50 metros estava uma delas. Com o coucho, por onde todos bebiam. Um enxaguar rápido com a água fresca e cristalina e estava pronto para outro….
De vez em quando, um ou outro bando de pássaros procurava abrigo naquelas árvores, mas o “arraial” instalado depressa os fazia desandar.
As brincadeiras foram esmorecendo e até podiam aproveitar para dormir um pouco. Como lhes dissera o Pai. Lá estava a cama de fetos e restolho para ser aproveitada. Mas uma crescente inquietação começava a perturbar o dia que até nem correra mal. Ouve-se a voz do mais novo:
- Mano, tenho fome….
- Olha, a merenda acabou-se. E já falta pouco para voltarmos…
A sombra, nesse dia, nunca mais começava a crescer. Medida mais do que uma vez, mas sempre do mesmo tamanho.
- Olha lá. Também tenho fome. Se quiseres ficas com o gado e eu vou buscar de comer. - sugeriu o mais velho.
- Não posso ir eu?!
- Não que podes perder-te. Não sabes o caminho…
A fome foi o elemento decisivo para que ambos se pusessem de acordo. O mais velho ficava e o mais novo teria de percorrer, Sol a pino, em dois sentidos, o caminho que os separava da almejada refeição.
Estavam a começar a jantar, quando o Pai exclamou:
- Ó Carminda, há qualquer coisa que não corre bem. Os gaiatos separaram-se e um deles vem p’ra cá…
Do outeiro onde a casa de campo fora construída avistava-se uma área enorme e a quebra do padrão definido para aquele dia não lhe escapara. A ansiedade tomara lugar à mesa e uma eternidade se foi passando.
O gaiato, pé ligeiro, sem estar confinado ao caminho que o rebanho tinha de seguir, foi “a direito”, tanto se servindo das veredas tão típicas das nossas terras como, se fosse necessário, prosseguindo, a corta mato, por restolhos e olivais.
Ainda os adultos se interrogavam sobre o que teria acontecido e já o pequeno, rosto vermelho, "queimado" por aquela “solina” de Julho, todo suado, pulava o muro da Tapada, passando ao fundo do valado, pela figueira “preta”, rente à eira e ali estava ele, a “deitar os bofes pela boca”, impedido de responder à Mãe que, desde que o sentira próximo, não se cansava de perguntar:
- Ó filho, o que é que aconteceu???!!!
O gaiato atingira a meta. A tão grande ansiedade, apenas conseguiu responder:
- Venho buscar mais merenda!!! Estamos cheios de fome...
Primeiro sentiu-se o espanto – afinal, os garotos “nunca” tinham fome… - depois ouviu-se uma gargalhada geral, à mistura com abraços e beijos. Era só isso?! Que alívio, uff!
Dadas as explicações, era preciso voltar. Não sem que a criança "tratasse" da sua própria fome, enquanto a Mãe preparava nova remessa.
Saca aviada, aí volta ele para junto do irmão. Que, lá de longe, quase seguira, passo a passo, a caminhada do seu companheiro de trabalho: ansioso, quando desaparecia nas “baixas” ou no meio do arvoredo, aliviado quando o via reaparecer.
Não lhe escapara a chegada do mensageiro junto dos Pais e, com enorme alívio, o viu partir em sua direcção. Depois, era uma questão de esperar. Uma espera maior do que pensou, quando o irmão iniciara a sua missão.
O tempo cura tudo. Ou quase. O miúdo tinha o pé ligeiro e ali estava ele. Não resistiram a correr um para o outro. A partilha foi fraterna. Na verdade, afinal, tinham menos fome do que haviam pensado.
Satisfeitos, mais um gole de água, o Sol a cair para o lado das Águas e toca a empurrar as ovelhas e as cabras. Para completarem a volta ao pasto.
A passarada voltava a dar sinais de vida, aqui e ali ouviam-se chocalhos e campainhas de outros rebanhos. Às vezes, o assobio dos pastores, ou o ladrar furioso da canzoada. Que não havia maneira de se entender.
De vez em quando, mais um coelho saltava, assustado, desaparecendo, rapidamente, em zigezages estonteantes. Agora, as cotovias estavam mais à vontade e aqui e ali iam debicando. E cantando.
A tarde caiu vagarosamente. Sempre quente. Os miúdos matavam a sede nas fontes e os animais iam beber nas charcas. Depois, sempre avançando, sempre pastando.
Fez-se o mesmo caminho, no inverso, para o regresso. Não iam sós. Mais à frente, o Manel com os animais do Ti Bernardo e atrás, o Rui, com os do Ti Candeias. Na horta do Ti Joaquim, carregavam-se sacos de batatas para cima de uma burra e a Avó paterna regava a horta, ajudada pela filha mais nova.
- Olá, Avó! Olá Tia!
- Então hoje foi a vossa vez?
A ribeira fora atravessada no “pontão” e o destino estava ali, a dez minutos.
A poeirada era mais que muita. Pressentindo o fim da jornada, os animais aceleraram. Já a sombra dos eucaliptos e das sobreiras se estendia pelos campos, quando receberam os aplausos dos adultos que atavam os sacos e os colocavam sobre o carro de vacas que os havia de pôr a recato para matarem a fome num ano longo que ali começava.

sábado, maio 15, 2010

Adeus, Prima Otília!


Neste momento faz a sua última viagem até à nossa Aldeia. Para ficar lá, onde estão também muitos dos que lhe quiseram bem. A quem quis bem! Acabou o sofrimento. Descanse em Paz, minha grande e querida Amiga. Por todo o bem que me fez, que nos fez aqui lhe deixo o meu sentido agradecimento, já com muitas saudades. Descanse em Paz, querida Prima Otília.
Conheci-a desde que me comecei a conhecer. Mais que Prima era a irmã que a minha Mãe não teve. E, assim, o carinho por nós foi crescendo, com toda a naturalidade. Foi a Madrinha do meu irmão e, para completar, assumiu-se também como "madrinha" da minha irmã. Lembro sempre o seu sorriso doce e sereno, ao encontrar-se comigo, ao encontrar-se connosco. O tempo foi passando, o casamento chegou e também o Marido, o Domingos, que a Morte levou cedo de mais, nos "adoptou". O nascimento da Gabi enriqueceu-os, mas a Amizade e o Carinho por nós nunca esmoreceu. Aumentou mesmo. Corações grandes, abertos, acolhedores!
Já na tropa, de passagem pela Trafaria, era a sua casa que me abrigava, na passagem por Lisboa. Ali, na Ajuda. Sempre generosos e bons.
Devo recordar que, em 27 de Maio de 1966, no Cais de Santa Apolónia, a caminho do Ultramar, no NM "Niassa", a Prima Otília ali estava, sozinha, em representação de TODA a Família, a dizer-me um "até daqui a 2 anos".
Foi ainda a sua casa que se abriu para acolher a minha filha, no princípio da sua vida universitária. Ainda hoje guarda de si também a mais doce lembrança.
As vicissitudes da vida quiseram que não estivéssemos tão perto quanto a minha gratidão e amizade impunham. No entanto, recordarei que a tivemos nesta casa ainda não há um ano. Sei que lhe foi difícil a deslocação, mas a generosidade foi mais forte. Com ajuda da Gabi e do João. Que tanto lhe quiseram. Vou partilhar a saudade com eles. E com as suas netas. E com tantos dos que ainda cá estão e lhe quiseram bem. A quem quis bem!
Foto com alguns dos Irmãos, pessoas de quem gosto muito, e da casa onde nasceu e cresceu, colocadas pelo sobrinho João Paulo, in Facebook.

quinta-feira, maio 13, 2010

O Homem Vestido de Branco

De facto, eu penso que "não é justo" que Deus peça a um Homem de 83 anos que transporte o fardo pesado fardo de "chefiar" a Igreja Católica em tempos tão conturbados, para os quais a Mensagem de Fátima nos vem preparando, desde há quase 100 anos e Jesus Cristo, desde há 2000 anos, quando nos convidou "...pega a tua cruz e segue-Me".
O nosso Papa, Bento XVI, um Homem de estudo e de reflexão, dado à espiritualidade e à contemplação, estou convencido de que desejaria não ter sido "o Escolhido". Mas foi e aceitou. Com todas as consequências, a menor das quais não será o escândalo do abuso de Crianças por sacerdotes da nossa Igreja e com que o comunicação social tem feito um enorme alarido, tomando a parte pelo todo, visto que só apontou canhões à "ponta do iceberg". Julgo que ninguém tem os olhos fechados a ponto de ignorar que o resto do iceberg é medonho e a sociedade continua a assobiar para o ar.
Como pai, como avô, como profissional da educação interrogo-me, sempre com angústia, como é possível contaminar seres tão puros e inocentes, as Crianças que, num verdadeiro Acto de Fé se entregam àqueles que se julgam dignos de tomar conta delas: os pais, os avós, os professores, os padres e qualquer outro responsável que disso seja encarregado por função do ofício que desempenhe. Abusar, de qualquer modo, de uma Criança, é crime abominável que deve ser punido à luz das leis humanas e divinas. Por determinação do próprio Jesus - "ai daquele que escandalizar um destes pequeninos; mais lhe valera que lhe pusessem uma pedra de moinho ao pescoço e o lançassem no fundo do mar" - os clérigos que cometeram tamanho pecado hão-de ser, por isso, castigados. Aqui e na outra vida. Bento XVI há-de ter mão forte e misericordiosa, pois Deus abomina o pecado e ama o pecador e, desta crise, a Igreja há-de ressurgir purificada, mais forte e dinâmica. Como ele afirmou em frase notável, os verdadeiros inimigos da Igreja estão dentro e não fora dela.
A respeito da visita devo escrever que ultrapassou todas as minhas expectativas: homilias serenas e consistentes, nada apontando para "facilidades", um homem sorridente e afável, nunca dando sinais de enfado, mesmo na sua velhice e cansaço mais que justificado. Os debitadores de idéias e preconceitos "à la carte", sem conhecerem o Homem nem a Obra "a meterem a viola no saco", de certeza enraivecidos, porque o Povo não lhes fez a vontade e saíu à rua com Entusiasmo e Alegria.
Obrigado, Santo Padre por ter querido estar connosco. Igreja Portuguesa, que sejas digna de tamanho privilégio!
Nota: Já depois de ter escrito o meu despretensioso comentário, com satisfação transcrevo do "Expresso" de 15-05-2010, da autoria de Fernando Madrinha:
"O Papa que não sorria
Este era o Papa que, segundo os seus críticos, não condenava os casos de pedofilia na Igreja Católica com a clareza necessária, apesar de já o ter feito repetidas vezes. Na viagem para Lisboa, afirmou 'O sofrimento da Igreja vem do interior da Igreja, dos pecados que existem na Igreja'. Mais 'O perdão não exclui a Justiça'. Isto para quem ainda tivesse dúvidas, ou estivesse para as inventar, sobre o modo como Bento XVI entende que devem ser tratadas as 'ervas daninhas' da sua Igreja. Este era o Papa retrógrado e fundamentalista, supostamente intolerante para com as outras religiões e os que não têm religião alguma. No Centro Cultural de Belém, disse; 'A convivência da Igreja com as outras 'verdades' e com a 'verdade' dos outros é uma aprendizagem que a própria Igreja está a fazer'. Este era o Papa enquistado na sua fé, conservador, passadista e, portanto, incapaz de promover o diálogo inter-religioso e de fomentar o ecumenismo. Afirmou, a propósito; 'O diálogo, sem ambiguidades e assente no respeito entre as partes envolvidas, é hoje uma prioridade no mundo, à qual a Igreja não se subtrai.' E ainda sobre a diversidade cultural e a relação entre culturas. 'É preciso fazer com que as pessoas não só aceitem a existência da cultura do outro, mas aspirem a enriquecer-se com ela.'
São exemplos de como, nestes dias da visita a Portugal, Bento XVI passou o tempo a desmentir os mitos, as falsidades e os juízos errados que muitos críticos encartados põem a correr sobre ele e sobre o seu pensamento.
Este era também o Papa que não sorria, incapaz de um gesto afectuoso e de estabelecer empatias com as audiências. Mas vimos como se dirigiu aos jovens na Nunciatura e como eles lhe responderam, vimos como as multidões o receberam no belíssimo palco do Terreiro do Paço, no impressionante cenário de Fátima e na Avenida dos Aliados, ou como o aplaudiram no Centro Cultural de Belém. Compreende-se que tudo isto irrite os que detestam o Papa e o que ele representa. Mas enquanto não lhes for possível o Povo, esse empecilho que trava o passo na política e nos seus esforços para derrubarem os Valores que a Igreja defende - muitas vezes de modo incoerente, é certo, e não raro contraditório com a prática de alguns dos seus membros - têm que ter paciência. Eles, que são criaturas perfeitas e exigem uma Igreja perfeita, embora só esta que combatem assanhadamente e não outras bem menos tolerantes, o que têm a fazer é meter a viola no saco."
Também Henrique Monteiro, na sua coluna de opinião, no mesmo Semanário, nos dá uma idéia dos preconceitos e das "frases feitas" que servem para atacar Bento XVI...