
No entanto, há sempre o reverso da medalha. Desloquei-me, recentemente, à minha Aldeia, na Beira profunda e, para meu espanto, constatei que foram "plantados" postes de iluminação, de grosso calibre, às centenas, pelos arrabaldes das aldeias por onde passei, com ramais por estradas e caminhos que chegam a atingir quase um quilómetro para além da periferia das povoações. Ora, nas nossas terras do interior, depois do Sol-posto, quase ninguém sai à rua, muito menos pelos arredores e ali ficam aquelas lâmpadas, milhares e milhares, a consumirem milhões de "quilowatts", sem proveito para ninguém. Ou, presumivelmente, com bons proveitos para os accionistas da empresa distribuidora, pois ninguém dá nada "de borla". Mas sempre uma despesa inútil para o nosso País.
E já nem falo do desperdício de energia nas grandes urbes, com destaque para muitos dos edifícios públicos e também privados. E vou referir-me também aos campos, aqui, à volta de Palmela que, apreciados, de noite, lá do altaneiro castelo, mais parecem uma cidade bem iluminada. Mas, realmente, esses campos, vistos à luz do Sol, com povoados aqui e além, são vinhedos onde se produz do melhor vinho do Mundo. E, de certeza, que não será por causa da muita luz importada e mal gasta.
As campanhas têm coisas assim, às vezes boas, outras vezes bem esquisitas. E desta, para poupar energia, que posso pensar? Uma treta portuguesa, com certeza! Desejo-lhes um bom dia, com poupança de ENERGIA!
(Crónica transmitida na "Rádio Sim", no programa "A Telefonia", rúbrica "Faça Você Mesmo!", de 27 de Outubro de 2009.)
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